PASTOR FRANCISCO PACHECO DE BRITO


RELATO DA HISTÓRIA DE VIDA DE FRANCISCO PACHECO DE BRITO

17/6/2011

Tudo começou em 16 de Maio de 1916, quase um século atrás, no rústico Sítio Veloso em São João do Cariri, onde nasceu. Primogênito de 5 filhos, seus pais eram humildes dona de casa e agricultor. Desprovido de prazeres e bens supérfluos, sua infância durou pouco, logo cedo, aos 14 anos, em virtude do falecimento prematuro do pai, passou a ser o arrimo da família. Foi obrigado a abandonar as brincadeiras de criança, a peteca e o cavalo de pau, para dedicar-se ao sustento da mãe e dos irmãos.
Dedicado ao sustento da família, com muitas dificuldades, carregando seu tamburete e revezando o candieiro, não desistiu de aprender a ler.
De início, sustentava a família criando animais, comprando e vendendo artigos em cidades vizinhas. Para isso, enfrentava viagens que duravam cerca de uma semana. Até que um dia, com a seca, os animais de transporte cansaram, mas ele, com sua força e determinação, desabrochados desde a infância, não esmoreceu.
Passou a trabalhar na construção de grandes obras em todo o Estado da Paraíba. Nesta fase de sua vida, teve que deixar o aconchego do lar que, apesar de muito humilde, despertava saudades, tornando ainda mais marcantes as noites de frio e chuva que enfrentava, dormindo em acampamentos desconfortáveis, com refeições limitadas e no meio de uma multidão de homens.
Trabalhava enquanto houvesse luz do sol e, o pouco que recebia, dava para o feijão, a farinha, a rapadura e a charque que, depois do enfadonho labor da semana, carregava nas costas, por mais de 100 km, para entregar à mãe, que o aguardava no escuro da madrugada para dar-lhe a bênção e vê-lo tomar o caminho de volta até sumir na escuridão.
De obra em obra em todo o Estado, seu empenho, dedicação e honestidade foram sendo reconhecidos, até chegar em Campina Grande, em 1936, para contribuir com o crescimento desta cidade.
Chegando em Campina, com 20 anos de idade, nunca tinha ouvido falar do evangelho, não sabia nem da existência da Bíblia. Apesar de não conhecer o evangelho, desde muito jovem, se preservava das malícias e vícios do mundo. Até que, aqui, conheceu duas grandes jóias na sua vida: a palavra de Deus e a outra metade de sua história -Albertina.
Nos idos de 1939, prestes a ser convocado para as batalhas da Segunda Guerra Mundial, se viu na situação em que: ou se casava ou ia para a guerra. Não deu em outra, casou-se com a jovem Albertina.
Então, casado, dispensado da guerra e convertido ao evangelho de Cristo, foi convocado para trabalhar no exército do Senhor.
Sempre disponível aos trabalhos da igreja, de auxiliar, logo cedo foi consagrado diácono e pouco tempo depois passou a ser presbítero, ocupou estes cargos por 45 anos. Desempenhou funções em quase todos os departamentos da igreja, além de cargos de destaque nos gideões internacionais.
Em 1984 foi consagrado pastor, passando a assumir a presidência da convenção de Campina Grande dois anos depois. Inclusive, comemora este ano, com muito orgulho, as bodas de prata de seu pastorado.
Com o desejo de dar sempre mais e melhor ao Senhor, fez cursos teológicos e nunca cessou de estudar a Bíblia, tendo em sua memória uma grande parte dela. A partir daí, sua idoneidade o levou a ocupar altas posições na UMADENE -União dos Ministros da Assembléia de Deus no Nordeste, e na CGADB -Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil.
Algo que também muito lhe honra, foi ter recebido o título honorífico de cidadão campinense em 1995.
Muitos de seus trabalhos lhe renderam homenagens não só em nossa cidade, nem em nosso Estado; mas de todo o Brasil partem manifestações honrosas, além de reconhecimentos internacionais como o que está por vir, da Suécia.
Quando assumiu, a Igreja Assembléia de Deus tinha 44 congregações distribuídas em Campina Grande e na Paraíba. Hoje por seu amor às almas, preside mais de 200 congregações na cidade e no Estado, além de missionários no exterior.
Apesar de um ministério tão extenso, não abre mão de, sempre que possível, visitar os trabalhos nas congregações. Além das frequentes viagens ao interior e por todo o Brasil, sua maior extravagância o fez atravessar o país por suas rodovias e percorrer quase dez mil quilômetros em viagem missionária para o Paraguai, isto aos 92 anos.
Este seu prazer e empenho ao reino de Deus têm sido revertidos pelo Senhor em muitas bênçãos para sua vida, uma destas bênçãos está aqui, apenas representada: sua numerosa família. Da feliz união de quase 66 anos com sua inesquecível companheira Albertina, foram gerados 10 filhos, que se somam aos genros e noras e, por enquanto, aos 26 netos e 13 bisnetos, além dos agregados.
Às portas de mais um aniversário natalício, são muitas as bênçãos que se acumulam e os privilégios, que vão se multiplicando. Ao longo desta caminhada, são muitos os motivos para agradecer a Deus, o Autor desta bela história de vida.
E hoje, é mais uma data marcante, pois renova-se a oportunidade de revelar a importância de sua trajetória, considerando que sua história é viva e merece ser reconhecida a cada dia, mesmo convictos de que a honra maior será o seu galardão, que será entregue pelas mãos do próprio Deus.
Contar sua trajetória é gratificante, pois revelar o quanto ele conquistou e fazer conhecida suas obras em prol do Reino de Deus, revigora a certeza de que Deus, em todos os momentos esteve ao seu lado, mesmo nas situações mais difíceis.
E neste dia, torna-se ainda mais sólida a convicção de que Cristo será, como sempre foi, o seu mais fiel companheiro. E que o amor de Deus, somado ao de todos nós, expressam o desejo de uma vida ainda mais abençoada. E que todas estas honras que a ele são dedicadas sejam revertidas em louvor e glórias ao Senhor.
Renovo a gratidão ao Magnífico reitor Jabes Oliveira Moura e à UNIDERC, em nome de toda a família, por prestimosa honra que hoje está sendo dedicada ao nosso patriarca.

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